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Jornada com a professora C.Lezico


FORMAÇÃO na EOI de OURENSE
outubro de 2018
Professora C.Lezico
Apresentacão:
1.      Proveniente do Alentejo, Moura, ao lado da estremadura espanhola, sem grande noção do que era a Galiza, uma vez que para a maioria dos portugueses prevalece o estereotipo da Espanha onde só se fala castelhano e tudo são touradas e flamenco. Os primeiros estudos são feitos nesta terra, ate ao último ano que tive que mudar-me para beja (capital do distrito do baixo Alentejo) porque não existia a área de línguas estrangeiras que eu queria estudar.
2.      Coimbra – estudos de filologia inglesa e francesa; também estudos pedagógicos para poder lecionar;
3.      Passagem por várias escolas do país: zona centro (Alcobaça, Ourem, Bombarral) Alentejo (Moura, Mourão, Elvas) zona norte (Guimarães, Valença)
4.      Não há o sistema de “oposiciones”: com a media do curso entrava no concurso e pedia uma escola. Atribuíam-ma segundo a prioridade que escolhia; ia somando pontuação ate conseguir lugar no quadro de uma escola, coisa que aconteceu em Valença do Minho
5.      Valença: era uma escola pequena há 20 anos atras… as escolas estavam separadas: ensino pré-escolar e 1º ciclo por um lado, 2º ciclo por outro e 3º ciclo e secundário por outro. Com o tempo, e por novas políticas de ensino e, sobretudo, questões económicas, surgiram os mega agrupamentos e uniram-se as escolas, algumas fisicamente como no caso da minha.



Agrupamento escolar de muralhas do Minho:


Número de alunos
Pré-escolar

1º ciclo (4 anos)
444

Escola sede
2º ciclo (2 anos)
242

839
3º ciclo (3 anos)
345
Secundário (3 anos)
252
Centro qualifica (adultos)


O concelho de Valença e essencialmente rural; os pais e E. E. tem reduzidas habilitações académicas e pouco participam no processo educativo dos filhos.




Estruturas








Conselho geral
·         Órgão máximo dentro do agrupamento;
·         21 elementos: diretor da escola (sem direito a voto); 7 professores (votados entre colegas); representante dos alunos (com mais de 16 anos); representante dos pais e EE; representante do pessoal não docente; representante da autarquia (vereadora da educação) e 1 a 3 elementos representantes da comunidade local (centro de saúde, centro de emprego, segurança social, etc…)
·         Presidente eleito entre os membros;
·         E o órgão que elege o diretor do agrupamento; define regras de funcionamento; aprova o orçamento, etc…
Conselho executivo (direção)
·         Diretor, subdiretor e 3 adjuntos (professores dos diferentes níveis de ensino)
Conselho administrativo
·         Área da contabilidade




Conselho pedagógico
·         Toma decisões pedagógicas;
·         Presidente do C. Pedagógico (diretor da escola), coordenadores dos 4 departamentos da escola; coordenador do ensino especial; coordenador da biblioteca; coordenador do ensino profissional; coordenador dos DT; coordenador das TIC; coordenador das atividades; coordenador do 1º ciclo e do pré-escolar
Coordenação de Diretores de turma (2)
·         Conselho de diretores de todas as turmas da escola sede, divididas em 2 ciclos
Biblioteca escolar
·         1 coordenador
Gabinete de psicologia
·         2 psicólogos
Associação de estudantes
·         1 presidente e 1 vice-presidente
Associação de pais
·         1 presidente e 1 vice-presidente
departamentos
ciências sociais e humanas; línguas, matemáticas e ciências experimentais; 1º ciclo; pre-escolar




Experiência como docente no agrupamento
·         Professora do 2º ciclo, de inglês e português. Atualmente e desde há 5 anos, só português.
·         Horário (carga letiva)
·         Critérios específicos de avaliação (por departamento); alunos tem no caderno e os pais assinam para tomar conhecimento;
·         Critérios de classificação de provas escritas
·         Conteúdos programáticos para o ano letivo (na internet, site da escola, acessível aos pais)
·         Conteúdos/objetivos das provas escritas entregues aos alunos antes da realização da prova escrita
·         Prova de avaliação escrita (versão A e B) seguindo a tipologia de exame/prova do ministério de educação (para q haja uniformidade a nível nacional)
·         Realização de apenas uma prova por dia e máximo 3 por semana
·         Entrega das provas corrigidas no prazo máximo de 15 dias
·         2 provas escritas por cada trimestre e duas provas de compreensão oral;
·         Notas de 1 a 5 ate ao último nível de ensino secundário que e de 1 a 20 (últimos 3 anos de escolaridade)
·         Reuniões de avaliação de final de trimestre sempre no início do período de ferias;


Centro de formação Vale do Minho em Monção:
·         Há uma listagem de cursos de formação para nos inscrevermos consoante a área que lecionamos; existem critérios de seleção aprovados para a formar as turmas de docentes;
·         25 horas de formação por cada ano de docência, que equivale a 1 crédito

Curiosidades da minha terra:
·         Alentejo (região com uma forma de vida mais lenta e uma forma de falar característica; cante alentejano - género musical português de  música vocal, uma das duas tradições musicais portuguesas que formam parte do património cultural imaterial da UNESCO, o outro e o fado. Ex:  Grândola vila morena https://www.youtube.com/watch?v=Tl6yLTtX484 e que inveja tens tu das rosas https://www.youtube.com/watch?v=KxGqiIo_PpM  versão António Zambujo  https://www.youtube.com/watch?v=FDLtT8AkJlg





TEXTO EM EXPRESSÕES ALENTEJANAS

"Alentejo do mê coração!!!
Todo o bom alentejano “abala”, vai embora, para um sítio qualquer que, normalmente, é já ali. O ser já ali é uma forma de dizer, que não é muito longe, mas claro que qualquer aldeia perto, aqui no Alentejo, está no mínimo a cerca de 30km. Só um alentejano sabe ser alentejano!
Um alentejano “amanha” as suas coisas, não as arranja, um alentejano tem “cargas de fezes”, não tem problemas, um alentejano vai “à do Manel ou à da Maria…” não vai a casa de…, um alentejano “inteira-se das coisas” não fica a saber… No Alentejo não há aldrabões há “pantomineiros” e aqui também não se brinca, “manga-se”.
No Alentejo não se deita nada fora, “aventa-se” qualquer coisa e come-se “ervilhanas” ou “alcagoitas” (amendoins) e “malacuecos” ou "brinhol" (farturas). Os alentejanos não espreitam nada nem ninguém, apenas se “assomam”.   E quando se “assomam” muitas vezes podem mesmo ter dores nos “artelhos” (tornozelos)!
As coisas velhas são “caliqueiras” e muitas vezes viaja-se de “furgonete” (carrinha de caixa aberta), algo que pode deixar as pessoas “alvoreadas” (desassossegadas). Quando algo não corre bem, é uma “moideira” (chatice) e ficamos “derramados” (aborrecidos) com a situação, levando muitas a vezes a que as pessoas acabem por “garrear” (discutir) umas com as outras e a fazerem grandes “descabeches” (alaridos).
“Ainda-bem-não” (regulamente) as pessoas têm que puxar pela “mona” (cabeça) para se “desenrascarem” quando muitas vezes a solução dos seus problemas está mesmo “escarrapachada” (bem visível) à sua frente.
Esta pequena crónica pretende lembrar detalhes do património oral alentejano.


·         Falar alentejano no youtube (calor do Alentejo)




·         Catálogo de apresentação do trabalho de intervenção plástica de Sílvia Lezico (email):



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