A Internet das Coisas aplicada ao conceito de eficiência energética: uma análise quantitativo-qualitativa do estado da arte da literatura
Resumo
Introdução: A Internet das Coisas corresponde
a um novo paradigma, que imputa aos objetos a capacidade de
disponibilizar informações a respeito de seu funcionamento e ao ambiente
no qual tais objetos estão inseridos, caracterizando-se como
abrangentes e diversificados os universos de prováveis aplicações a ela
relacionadas. Em uma época em que se evidenciam ações e discussões
dedicadas à sustentabilidade e ao meio ambiente, este artigo objetiva
apurar o estado atual das pesquisas envolvendo a Internet das Coisas
associado ao conceito de “eficiência energética”. Método: Tendo
como referência a base de dados Scopus procedeu-se a uma revisão
sistemática da literatura, acompanhada de uma análise
quantitativo-qualitativa. Foram aferidas informações no período
compreendido entre os anos de 2001 a 2016, além da análise das cinquenta
publicações com maiores citações. Resultados:
Constatou-se a existência de 895 documentos relacionados aos assuntos
pesquisados. Contudo, poucos (foram identificados sete documentos)
discorrem sobre a efetiva aplicação da Internet das Coisas à “eficiência
energética”. Conclusão: Além de se determinar o estado
da arte das pesquisas a nível mundial dos temas propostos, foi possível
ratificar os conceitos a eles associados, bem como identificar as
publicações mais relevantes, para que possam servir de referência e
ponto de partida a outros trabalhos do gênero.
INTRODUÇÃO
Ao se analisar a adoção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) constata-se um crescimento considerável em recente período da sociedade moderna. Dispositivos como telefones celulares, tablets, smartphones e notebooks são frequentemente empregados em atividades cotidianas de profissionais das mais diferentes áreas, servindo também como fonte de diversão em momentos de relaxamento e lazer. Conforme Barros (2011, p. 30), "observa-se, como em nenhum outro momento, o impacto da inclusão da tecnologia na vida das pessoas, atingindo a todos, de todas as maneiras, mesmo aqueles excluídos, vivendo em condições as mais adversas." E, de acordo com
Nascimento (2011), a cada dia mais e mais pessoas, empresas, governos e outras organizações sociais tornam-se dependentes do uso contínuo de novas tecnologias, principalmente das Tecnologias de Informação e Comunicação. Entende-se que as TIC tornaram-se elementos omnipresentes ao ser humano. A popularização do uso da Internet é considerada um dos motivadores deste processo. Na ótica de Pinho (2011,p. 98), "parece que a Internet pode ser colocada como um marco civilizatório: a vida antes e depois da Internet, pois ela tem criado expectativas elevadas de mudanças, algumas até revolucionárias.".
A Internet é provavelmente o maior sistema de engenharia já criado pela humanidade, com centenas de milhões de computadores conectados, enlaces de comunicação e comutadores, bilhões de usuários que se conectam por meio de laptops e tablets, e com uma série de dispositivos como sensores, webcams, consoles para jogos, quadros de imagens e até mesmo máquinas de lavar sendo conectadas (Kurose & Ross,2013).
Na concepção de Sato (2015), a rápida popularização da Internet - e seu acesso a partir de dispositivos móveis -pode ser apontada como a parte mais visível das transformações pelas quais passa o cenário dos meios de comunicação, principalmente nas últimas décadas. Este cenário promissor apresenta-se favorável à manifestação de ideias, ao surgimento de conceitos e teorias, bem como à proliferação de novas tecnologias, entre elas, a Internet das Coisas (IoT -Internet of Things).
Em uma definição mais ampla, a Internet das Coisas relaciona-se à capacidade dos objetos, conectados em rede, disponibilizarem informações a respeito de seu funcionamento. Tal tecnologia, descreve Ferreira (2014), tem a finalidade de proporcionar inteligência para objetos, de modo a permitir seu controle e a notificação de alterações em seu estado.
Lacerda e Lima-Marques (2015, p. 159), afirmam que, "[i]nterligados em rede, os objetos são capazes de realizar ações de forma independente e gerar dados em quantidade e variedade exponenciais, como produto das interações".
Nesta conjuntura, entende-se que a dimensão, contexto e escopo de adoção de tais aplicações, apresentam-se como um dos desafios desta tecnologia. Segundo Wu, Talwar, K., Himayat, e Johnson(2011), não é possível representar de maneira exaustiva todas as alternativas de soluções atribuídas à Internet das Coisas, uma vez que o processo de compreensão do seu potencial ainda encontra-se em fase inicial, visto a variedade de aplicações que podem ser endereçadas em diversos segmentos do mercado. A contém exemplos de concentração proporcional por área (1-Insignificante, 5= Muito importante) de aplicações para a Internet das Coisas.
Áreas de concentração para a Internet das Coisas.
Fonte:
Lacerda(2015,p.72). Uma das áreas elencadas anteriormente se relaciona à aplicação da Internet das Coisas no monitoramento energético e ambiental, sugerindo um uso adequado e consciente dos recursos naturais, contemplando a “eficiência energética”.
O desenvolvimento econômico e os altos padrões de vida, destacam Hinrichs, Kleinbach, e Reis (2015), são processos complexos que necessitam de um abastecimento adequado e confiável de energia. Para Yu, Cecati, Dillon, e Simões(2011), a necessidade de minimizar ou mesmo equilibrar o impacto ao meio ambiente criado pelas atividades que fazem parte do estilo de vida do século XXI, promovendo o uso consciente dos recursos naturais, apresentam-se como um dos desafios da humanidade.
Desta maneira, de acordo com Wu et al. (2011), o processo de eficiência energética está condicionado à integração de novas tecnologias, como por exemplo, as TIC, sendo a Internet das Coisas considerada ideal para este ambiente. Assim, este artigo busca investigar a evolução das pesquisas no campo da Internet das Coisas objetivando compreender quais contribuições este paradigma pode oferecer ao conceito de “eficiência energética”.
INTRODUÇÃO
Ao se analisar a adoção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) constata-se um crescimento considerável em recente período da sociedade moderna. Dispositivos como telefones celulares, tablets, smartphones e notebooks são frequentemente empregados em atividades cotidianas de profissionais das mais diferentes áreas, servindo também como fonte de diversão em momentos de relaxamento e lazer. Conforme Barros (2011, p. 30), "observa-se, como em nenhum outro momento, o impacto da inclusão da tecnologia na vida das pessoas, atingindo a todos, de todas as maneiras, mesmo aqueles excluídos, vivendo em condições as mais adversas." E, de acordo com
Nascimento (2011), a cada dia mais e mais pessoas, empresas, governos e outras organizações sociais tornam-se dependentes do uso contínuo de novas tecnologias, principalmente das Tecnologias de Informação e Comunicação. Entende-se que as TIC tornaram-se elementos omnipresentes ao ser humano. A popularização do uso da Internet é considerada um dos motivadores deste processo. Na ótica de Pinho (2011,p. 98), "parece que a Internet pode ser colocada como um marco civilizatório: a vida antes e depois da Internet, pois ela tem criado expectativas elevadas de mudanças, algumas até revolucionárias.".
A Internet é provavelmente o maior sistema de engenharia já criado pela humanidade, com centenas de milhões de computadores conectados, enlaces de comunicação e comutadores, bilhões de usuários que se conectam por meio de laptops e tablets, e com uma série de dispositivos como sensores, webcams, consoles para jogos, quadros de imagens e até mesmo máquinas de lavar sendo conectadas (Kurose & Ross,2013).
Na concepção de Sato (2015), a rápida popularização da Internet - e seu acesso a partir de dispositivos móveis -pode ser apontada como a parte mais visível das transformações pelas quais passa o cenário dos meios de comunicação, principalmente nas últimas décadas. Este cenário promissor apresenta-se favorável à manifestação de ideias, ao surgimento de conceitos e teorias, bem como à proliferação de novas tecnologias, entre elas, a Internet das Coisas (IoT -Internet of Things).
Em uma definição mais ampla, a Internet das Coisas relaciona-se à capacidade dos objetos, conectados em rede, disponibilizarem informações a respeito de seu funcionamento. Tal tecnologia, descreve Ferreira (2014), tem a finalidade de proporcionar inteligência para objetos, de modo a permitir seu controle e a notificação de alterações em seu estado.
Lacerda e Lima-Marques (2015, p. 159), afirmam que, "[i]nterligados em rede, os objetos são capazes de realizar ações de forma independente e gerar dados em quantidade e variedade exponenciais, como produto das interações".
Nesta conjuntura, entende-se que a dimensão, contexto e escopo de adoção de tais aplicações, apresentam-se como um dos desafios desta tecnologia. Segundo Wu, Talwar, K., Himayat, e Johnson(2011), não é possível representar de maneira exaustiva todas as alternativas de soluções atribuídas à Internet das Coisas, uma vez que o processo de compreensão do seu potencial ainda encontra-se em fase inicial, visto a variedade de aplicações que podem ser endereçadas em diversos segmentos do mercado. A contém exemplos de concentração proporcional por área (1-Insignificante, 5= Muito importante) de aplicações para a Internet das Coisas.
Áreas de concentração para a Internet das Coisas.
Fonte:
Lacerda(2015,p.72). Uma das áreas elencadas anteriormente se relaciona à aplicação da Internet das Coisas no monitoramento energético e ambiental, sugerindo um uso adequado e consciente dos recursos naturais, contemplando a “eficiência energética”.
O desenvolvimento econômico e os altos padrões de vida, destacam Hinrichs, Kleinbach, e Reis (2015), são processos complexos que necessitam de um abastecimento adequado e confiável de energia. Para Yu, Cecati, Dillon, e Simões(2011), a necessidade de minimizar ou mesmo equilibrar o impacto ao meio ambiente criado pelas atividades que fazem parte do estilo de vida do século XXI, promovendo o uso consciente dos recursos naturais, apresentam-se como um dos desafios da humanidade.
Desta maneira, de acordo com Wu et al. (2011), o processo de eficiência energética está condicionado à integração de novas tecnologias, como por exemplo, as TIC, sendo a Internet das Coisas considerada ideal para este ambiente. Assim, este artigo busca investigar a evolução das pesquisas no campo da Internet das Coisas objetivando compreender quais contribuições este paradigma pode oferecer ao conceito de “eficiência energética”.
INTERNET DAS COISAS
O conceito primordial associado à Internet das Coisas (IoT -Internet of Things) relaciona-se à capacidade que os objetos possuem de se comunicar, reportando informações acerca de seu estado e funcionamento. Segundo Serafim (2014), esta tecnologia consiste em interligar os objetos de uso cotidiano do ambiente real com a Internet, tornando-os então objetos inteligentes.
O termo Internet das Coisas, destaca Gogliano Sobrinho (2013), refere-se a um novo paradigma, que tem por premissa a integração entre objetos de uso cotidiano e a Internet. Contudo, sustenta o autor, para muitos esse conceito demonstra-se abstrato, e muitas vezes de difícil compreensão, no que tange à maneira de como se procede a essa integração.
Em 1999, o pesquisador do MIT (Massachusetts Institute of Technology) Kevin Ashton fez uso do termo Internet das Coisas pela primeira vez, em uma apresentação direcionada à empresa Procter & Gamble (Serafim, 2014).
O significado do termo, explana Ferreira (2014), ampliou-se e passou a abranger a área de sensores e atuadoressem fio, de objetos conectáveis às redes que utilizam o protocolo TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol), assim como as tecnologias de semântica de dados, concebendo desta maneira, uma visão orientada às coisas, uma visão orientada à internet e uma visão orientada à semântica, conforme apresentado na Figura 2.
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