Entre a preguiça e a ansiedade
DANIEL MARTINS DE BARROS 22 Abril 2015 | 09:36
Depois de anos de pro...................... – o ad................ da realização de tarefas necessárias indefinidamente – descobrimos que outro problema nos ronda: a pro................................ Mas ant.................. tarefas desnecessariamente pode ser só uma forma de continuar ad.................. o que realmente precisa ser feito.
“Se um homem diz que vai c................ alguma coisa em casa, ele vai! Não precisa ficar lembrando a cada seis meses.” Acho que é uma das mais precisas e divertidas traduções do conceito de pro....................: ad................ a realização de tarefas necessárias indefinidamente, ou até que elas sejam in.................
Muita gente confunde pro.................. com pr................., mas embora semelhantes elas não são sinónimos. A falta de motivação suficiente para se eng.............. numa atividade, geralmente chamada de pr................, explica porque deixamos algumas coisas para depois, mas não explica tudo. Há tarefas que ad............... por medo – acreditamos, conscientemente ou não, que somos incapazes de dar conta e por isso p................. o quanto podemos. Ainda na esfera inconsciente podemos simplesmente não querer ajudar as pessoas que precisam daquele trabalho, e as p.................. . Ou ainda a questão nos aflige tanto – como pagar contas e ver que o dinheiro está curto – que simplesmente fugimos. De qualquer forma, a pr..................... incomoda-nos , e enquanto não nos livramos da carga mental do trabalho inconcluso uma sombra per................. as nossas consciências.
É aí que surge a pre...................... O termo foi ........................... no ano passado, quando psicólogos depararam-se com um comportamento que não esperavam. Eles pesquisavam se voluntários prefeririam carregar um balde pesado por uma distância curta ou um balde leve por um trecho longo. Nos testes prévios, contudo, com baldes de mesmo peso, num corredor em que havia um balde perto da largada e outro da chegada, as pessoas tendiam a pegar no primeiro, mais perto delas, mesmo que isso correspondesse a um esforço extra. Normalmente elas explicavam que queriam livrar-se logo do teste, e tinham a sensação de que pegar o primeiro balde ajudava a tirar da mente o dever. A partir daí surgiu o conceito de pre................, que corresponde a antecipar a realização tarefas desnecessariamente, o que pode levar a estratégias menos eficientes. A ansiedade seria a sua principal causa, o que a colocaria no polo oposto ao da desmotivação, fazendo pre................. e pro........................ serem antónimos.
De facto, aparentemente são fenómenos opostos: o pre..............dor não deixa para amanhã o que pode fazer hoje enquanto o pro.................dor não deixa para amanhã o que pode fazer depois de amanhã. ....... ...................., quando nos voltamos para a vida real, vemos que sim, é comum preocuparmo-nos antecipadamente com coisas distantes, e não raramente ..... ........................ em tarefas que poderiam ser ad........... Mas elas usualmente são obrigações menores que colocamos na frente do que realmente precisamos fazer: vamos verificar e responder ................. e-mails antes de preparar o texto que foi encomendando, arrumamos a mesa e as gavetas antes de começar o trabalho efetivo do dia, passamos horas a organizarmos todos os livros, antes de nos lançarmos à realização da pesquisa e assim .... ............... No fundo, a pre..................... é só uma maneira de continuarmos a ad......... o que não queremos fazer, mas fugindo do desconforto aos nos convencer de que estamos trabalhando.
Uma das maneiras de se livrar dos dois problemas é fazer listas e cronogramas. Não é hábito na nossa cultura, ao contrário dos americanos, por exemplo, mas é um facto que visualizar as obrigações e os seus prazos ajuda na organização e na .................. de estratégias mais eficientes. Outra é tentar entender melhor o que está a acontecer. Por que está tão difícil começar aquele trabalho? Estou inseguro? Com ................ do chefe? Ou simplesmente não acredito na sua relevância? Trazer ........ consciência .......... razões subjacentes é um passo fundamental para ............... o comportamento. ..... .................., é possível .................. sinais de alerta pessoais. Eu, por exemplo, toda vez que resolvo ........................ se não há nada importante perdido na minha caixa de lixo, sei que estou ............................. para fazer algo. E nesta época de facebook, whatsapp e afins, nada mais fácil do que encontrar uma maneira de enganar o cérebro para que ele pense que está ocupado.
E no seu caso, qual estratégia usa para fingir para si próprio que está a trabalhar quando está, no fundo, a fugir do trabalho?
Eis todas as palavras que faltam - excepto duas que são o motivo central deste artigo: pro...... e pre......
- Coloca a palavra que corresponda e no tempo adequado, algumas contêm no texto a inicial como dica. Atenção algumas podem repetir-se!
- Depois elabora um esquema da coesão do texto e a sua conveniência: quais os conetores? Falta/sobra algum/ns? A partir disso analisa os tipos de discursos que vão aparecendo.
preguiça mudar No entanto porpor escolha criar
punir adiar conferir enrolar perseguir consertar
cunhar envolver-se àqueles por diante Por fim raiva
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