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DICIONÁRIO TRIPEIRO


DICIONÁRIO TRIPEIRO para principiantes






Quem vê de fora pensa que é apenas calão, mas é mais que isso: é transportar para as palavras um espírito de união.  Conhece o dicionário tripeiro.

ACORDAR DE CU PRÓ AR – Acordar mal disposto

AGUÇA – Afia lápis

ALAPAR – Sentar

ALOQUETE – Cadeado.

AMASSOS – Troca de carícias.

ANDAR A BUTES – Ir a pé

ANDAR À GOSMA – Viver à custa dos outros. É típico do moina, indivíduo malandro, “que não faz nenhum”.

ANDAR DE CU TREMIDO – Andar de carro

APANHADOR – Pá para o lixo.

AZEITEIRO – Rufia, malandro, chulo.

A VER OS CICLISTAS PASSAR – Andar distraído



BADALHOCA – Porca, desmazelada, prostituta; tasca no Porto, com afamadas sandes de presunto.

BARONA – Beata, ponta do cigarro.

BENHA – Diz-se repetidas vezes, e é o grito de guerra dos arrumadores de carros para assinalar um lugar vago entre muitos outros disponíveis. É um «beinha» que prosaicamente significa «venha»

BESUNTAS – Mulher muito gorda.

BISGA – Escarro.

BITAITES – Palpites. Popularizado por Hernâni Gonçalves, antigo elemento da equipa técnica do FC Porto, mais conhecido por “professor bitaites”.

BOTAR– Pôr, deitar

BOUÇA – Terreno arborizado, Bosque

BRECA – Cãibra

BRIOL – Frio

BROEIRO – Pessoa rude, sem maneiras

BUFAR – Soprar.

CABEÇA DE GIZ – Polícia sinaleiro, controlador de trânsito. Muito típico entre taxistas: “‘Tás a dormir, ó cabeça de giz?!”.

CACHAÇO – Bofetada no pescoço.

CANALHA – Grupo de crianças.

CARAGO– Na verdade é caraças o que mais se utiliza para referir de forma metafórica o órgão sexual masculino

CARAPIM – Meia quente que se usa para dormir

CHÁ DE BICO – Clister

CHAÇO – Carro velho, antigo.

CHOTEGANE – Arma.

CHUÇO – Guarda-chuva.

CIMBALINO – Café expresso. Derivação da marca italiana de máquinas de café La Cimbali.

COIRAS – Chatas, más. Também se usa o “coirão” como referência a indivíduo reles com cabedal de respeito.

CONDUTO – Prato de comida principal.

COR DE BURRO QUANDO FOGE – Diz-se quando não se sabe a cor de algo.

CROQUE – Pequeno murro na cabeça com os nós dos dedos.


CRUZETA – Cabide. Também usado para definir um indivíduo frágil, fraco de carnes. “O gajo parece uma cruzeta.”

DAR CORDA AOS VITORINOS – Correr.

DAR DE FROSQUES – Fugir

DEU-LHE A FILOXERA – Desmaiou

DOBRADIÇAS – Joelhos.

DÓI-ME O GARFEIRO TODO – Doem-me os dentes

ENCHER A MULA Comer muito.

ENCHOUSADELA – Bater, tareia.

ENGRUPIR – Enganar. “É grupe” quer dizer “a mim não me enganas”.

ESTAPOR – Estupor, mau, cruel.

ESTAR DE BEIÇOS – estar amuado

ESTAR DE GESSO – Diz-se de alguém que não trabalha.

ESTAR COM OS VITORINOS ENCHARCADOS – Estar bêbado

ESTICOU O PERNIL – Morreu


ESTRUGIDO – Ter uma amante, situação duvidosa. “O gajo arranjou cá um estrugido.”

FALAR PARA A CENTRAL – Falar sem ser ouvido ou ouvir sem prestar atenção. Expressão que sucedeu à famosa “Estás a falar para a Sacor”.

FANECA – Mulher bonita, formosa.

FISGAR – O mesmo que “engatar”.

FOGUETE – Buraco nas meias (collants)

FOI FAZER TIJOLOS– Morreu

FOI MEDIR CAIXOTES – Morreu

FRONHA – Cara feia.

GANGADA – Seita, grupo de rapazes, normalmente organizado.

GUNA – Ranhoso; Rapaz ou rapariga de origem social baixa, de bairro problemático, que usa roupas de marca, por vezes brincos e boné de pala virado ao contrário.

IR DE SACO – Ser preso.

JECO – Cão.

LAUREAR – Passear. “Anda a laurear”, é usado, depreciativamente, em relação a casos de vaidade exagerada ou referentes a quem não tem preocupações de maior.

LAVAGICE – Porcaria, mistura de comida.

LÁZARO – Idoso, asilado.

LONTRA – Pessoa obesa, gorda. Também se diz “comer que nem uma lontra”.

MAMONA – Pessoa interesseira.

MANDAR UMA TRAULITADA – Dar um murro

MÂNFIO – Sabidola, astuto.

MANGUELA – Malandro, indivíduo preguiçoso.

MARTELAR – Fazer sexo.

MATRONA – Mulher desmazelada.

MIJÃO – Sortudo.

MOINA – Polícia

MOLETE – Pão, carcaça

MOR – Termo utilizado pelas vendedeiras. Abreviatura de «amor»; forma carinhosa de chamar o cliente

MORCÃO – Estúpido, lorpa.

NARIZINHO DE CHEIRO – Diz-se de alguém que se ofende facilmente

NEGÓCIO DAS CARNES – Andar na prostituição.

OURAS (TER) – Ficar atordoado, enjoado.

PAIVA – Cigarro de substância ilegal.

PALEÓGRAFO – Conversa fiada. “Gajo cheio de paleógrafo.”

PANDEIRETA – Mulher velha.

PASSAR A FERRO – Possuir sexualmente; atropelar

PASTELÃO – Omeleta; patanisca; diz-se daquele que é muito lento.

PASTOR – Palerma.

PLAY-MOBIL – Polícia; agente da autoridade.

QUILHAR – Usado como em “vai-te lixar”.

REGUEIFA – Pão redondo; traseiro.

SAMEIRA – Carica.

SELO – Mancha, sujidade nas cuecas.

SÊMEA – Rabo de mulher.

SERTÃ – Frigideira.

SOSTRA – Pessoa preguiçosa.

TECLA 3 – Anormal (baseado nas iniciais da tecla 3 dos telemóveis, DEF Deficiente).

TESTO – Tampa de tacho ou panela

TOURA – Mulher jeitosa.

TRENGO – Atrasado, apalermado.

TROLHA – pedreiro

TÓTIL – Muito. Versão portuense do “bué”.

VAI NO BATALHA – Mentira. Expressão usada para referir algo que não vai acontecer ou não passa de um “filme” (referência ao cinema Batalha).

VAGEM – Feijã verde

VERGAR A MOLA – Trabalhar.

XICO – Período menstrual.

ZEQUINHA – Pessoa meio apalermada.

Este artigo encontra-se em constante atualização....

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