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10 ERVAS DO MATO COMESTÍVEIS PARA CONHECER E SE BENEFICIAR

No Brasil ➩em todo o mundo ⟸ há mato de todo tipo – ervas daninhas como também se chamam. E muitas dessas, o mato mesmo, é comestível e até medicinal. Conheça aqui 10 das que você pode comer, em saladas ou cozidos, e se beneficiar muito.

Antigamente, quando a vida das pessoas estava muito mais ligada ao meio rural, essas mesmas ervas eram conhecidas e aproveitadas. Não custa recuperar esse conhecimento, que tem milênios de benefícios para os seres humanos. Mas, tenha o cuidado de não colher qualquer erva que esteja na beira de áreas agrícolas industriais ou que usem qualquer tipo de agrotóxico assim como, evite as que nascem na beira das rodovias ou avenidas, pelo excesso de poluentes que contêm. Fora isso, jardins, praias, campos, prados, estradinhas de terra, meio da mata, todos são lugares saudáveis para você colher sua salada.

Mas, tenha atenção, não vá se confundir e comer algo que não conhece. Então, ande com as anotações e fotos no bolso, para identificar, com segurança, os matos comestíveis.
O ideal é que a gente faça um ervário pessoal de identificação das ervas comestíveis, com fotos (flor, folha, planta inteira) diferenciado por região (seu estado, alagados, praias, morros pedregosos, etc) e que também conheça aquelas que são perigosas por sua toxicidade. Ah, e para evitar erros, não confie no nome comum, popular, que muda de região para região. Conheça os nomes científicos, taxonômicos, que são em latim – aí não tem erro.



1. Chicória (Cichorium intybus)

chicória
É uma planta muito comum em pastagens naturais. Você pode comer as folhas, crus ou cozidas, os brotos novos (saladinhas, sopas, cremes), as flores e até a raiz, que é um substituto antigo para o café (café de pobre, café de guerra).
A chicória é uma erva amarga, digestiva e muito nutritiva. Medicinal, é usada para diabéticos, hepáticos, escrofulosos. Enfim, ajuda no melhor trabalho do pâncreas, limpa o fígado do excesso de toxinas. É uma planta depurativa que vale a pena conhecer.



2. Bardana (Arctium lappa, Lappa major, Lappa tomentosa)

bardana
A bardana dá nas valas e nos morros, em região úmida. Dela se aproveita tudo – raiz, talos e folhas. Esta é uma planta depurativa, boa para os rins e o sistema coronário. Também tem propriedades antifúngicas reconhecidas. A raiz da bardana está de bom tamanho nas plantas de 2 a 3 anos mas, as folhas e flores podem ser colhidas e aproveitadas mesmo quando a planta e nova.
A raiz da bardana é um excelente desintoxicante – limpe a raiz, tire a casca, pique em pedaços pequenos e cozinha no vapor ou em azeite de oliva, por um bom tempo, até ficar suave. Faça o mesmo com os caules, dos quais a gente come o interior que é mais macio.

3. Cenoura selvagem (Daucus carota)

cenoura selvagem
Tem em todo lado, especialmente nos lugares pedregosos. A cenourinha é pequena, tortinha (vai depender do tipo de solo em que cresce) mas muito saudável. Você pode aproveitar a planta toda, se quiser – raiz, folhagem e flores.








4. Dente-de-leão (Taraxacum officinale)

dente de leao
Essa você conhece, com certeza. Tem uma flor amarelinha, como uma pequena margarida, folhas espalhadas em espiral e, quando madura, faz aquela bolinha branca vaporosa de sementes que a gente assopra e voam no vento. O dente-de-leão é uma salada muito saudável, suas folhas são amargas, ricas em ferro, e é um excelente contribuinte para o sistema imunológico. Não deixe passar.






5. Urtiga (Urtica dioica)

urtiga
Urtiga, você sabe, tem em todo canto esquecido do jardim, ou nos grotões de mato ralo, ou nas pastagens (em amontoados que picam) e são ervas muito ricas para a alimentação, com alto teor de vitamina C e ferro. Pode ser comida crua em suco verde ou salada (se você não for alérgica aos pelos urticantes que suas folhas têm) ou cozidas, refogadas. Use luvas para colher urtigas, sempre é melhor.

6. Tanchagem ou 7 veias (Plantago maiorP. lanceolataP. ovataP. tomentosa)

tanchagem
A tanchagem você encontra em tudo que é canto e são diversas as espécies do gênero Plantago que são tanto comestíveis quanto medicinais. O que muda nelas é a forma das folhas (maior, mais comprida, mais ovalada, etc) mas sempre têm as 7 veias, ou 7 nervuras da folha bem caracterizadasPode ser consumida crua ou cozida, em saladas, sopas, omeletes, etc.






7. Borragem (Borago officinalis)

borragem
Nas pastagens naturais, nas margens das estradas, na orla da mata você poderá encontrar borragem. Esta planta, que produz um óleo excelente para as mulheres que têm dificuldades hormonais, é toda comestível e pode entrar na sua dieta, trazendo inúmeros benefícios.

8. Malva comum (Malva sylvestris)

malva comum
As malvas são todas comestíveis e, de há muito, usadas pelo povo do campo que sabe o que é bom. A malva comum, ou malva cheirosa, é também medicinal. Use suas folhas e flores em saladas, sopas e cremes. E não perca a oportunidade de tomar um chazinho, no final da tarde, para relaxar o corpo e a mente.






9. Funcho selvagem (Foeniculum sylvestris)

funcho selvagem
Funcho, primo da erva-doce, você também pode encontrar por todo lado fora de áreas de cultivo. Suas ramas são cheirosas, picadinhas entram bem em qualquer prato frio ou cozido, vinagretes e bebidas (esta planta é usada, historicamente, para aromatizar bebidas alcoólicas e fazer chás).

10. Margarida (Bellis perennis)

margarida
Sim, a margaridinha dos campos, muito comum, tem ação desintoxicante do sistema hepático e, seu chá é usado para problemas digestivos, para cuidados com a pele e os cabelos. Você pode comer suas folhas novas, cozidas ou cruas e as flores podem ser usadas para embelezar as saladas. Esta planta também tem ação diurética.







Uma recomendação final…
Sempre que colher plantas selvagens para seu consumo nunca se esqueça de deixar no local algumas destas para que a espécie não suma de lá. Ou seja, recolhemos da natureza o que esta tem de bom para nós, mas somos responsáveis por cuidar de sua preservação, sempre.
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Fontes de pesquisa e foto de capa: COME-SEMATOS DE COMER e INNATIA
Alice Branco
Alice Branco Weffort é engenheira agrónoma, especializada em Gestão do Meio Ambiente, Direito Ambiental e Ecologia dos Solos, apaixonada por plantas medicinais e remédios caseiros.

(Texto adaptado)

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