A notícia da cinematográfica fuga da prisão do traficante mais procurado do México deixou o mundo perplexo por tamanha ousadia. Não se tratava de um simples traficante “pé de chinelo”, mas, sim, do líder de uma violenta organização criminosa responsável por derramar toneladas de drogas em diversos países.
Logo, todo cuidado deveria ser pouco, pois, era previsível que tentaria retornar à liberdade e a qualquer custo. Diante da fuga, caiu o simbolismo de sua prisão. Agora a sensação que impregna mundo afora é de impotência das forças de segurança mexicana, ante o poderio dos cartéis das drogas.
Transpondo a situação para o nosso país, é o momento de atentar e aprender com o erro alheio. Há uma tensão na segurança pública e temos uma população carcerária crescente, girando próxima aos 608 mil presos, muitos dos quais ligados ao tráfico de drogas, alguns mais e outros menos perigosos.
Nossos estabelecimentos prisionais merecem ser cotidianamente revistos, no que tange aos aspectos de segurança. De nada adianta a Polícia prender e a Justiça condenar, se dentro da prisão o bandido consegue estruturar sua organização, liderar ações criminosas, e até fugir. Isso interfere na segurança pública.
O caso mexicano aparenta revelar uma situação de corrupção para propiciar a fuga do traficante. Assim, fica mais nítido, como pré-requisito de segurança prisional, que o contato do homem com o preso deve ser reduzido ao máximo visando preservar a integridade do sistema.
Existem modernas tecnologias de barreiras e monitoramento de presos que podem ser aplicadas nos estabelecimentos prisionais, conforme sua classificação de segurança. Em tempos de cofres baixos, outrossim, os projetos de parcerias com a iniciativa privada parecem apropriados, em áreas menos sensíveis.
Enfim, o que não se admite é “depois da porta arrombada, colocar a tranca”, pois, o problema existe e é de conhecimento público.
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