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A inteligência artificial pode trazer mais riqueza mas maior desigualdade 

A aplicação generalizada de inteligência artificial poderá destruir mais empregos do que aqueles que cria, afirma o presidente do Instituto Superior Técnico, que aponta riscos de desigualdade à vitória de uma "quarta revolução industrial".


"Embora seja de acreditar que as novas tecnologias criarão, de facto, novas profissões e empregos, não é óbvio que que seja possível reeducar as pessoas que ficarão sem emprego por força da introdução destas novas tecnologias", escreve Arlindo Oliveira no ensaio "Inteligência Artificial", que vai ser lançado hoje pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.


Arlindo Oliveira considera que as mudanças poderão ser "demasiado rápidas" e as necessidades de formação "demasiado exigentes" e aponta "indícios de que o número de empregos que serão eliminados é, provavelmente, maior do que o número de empregos que serão criados", porque será mais difícil encontrar todas as pessoas qualificadas necessárias.


O presidente do Instituto Superior Técnico assinala no ensaio que outro risco tem a ver com as desigualdades na distribuição de riqueza, começando pela possibilidade de as condições para aplicar a tecnologia ficarem concentradas numa única empresa em cada área de atividade.


"É importante garantir que os ganhos económicos serão distribuídos por todos os elementos da sociedade e não contribuirão para criar maiores fossos entre os mais ricos e os mais pobres", defende Arlindo Oliveira.


Do "Big Bang" ao futuro da espécie humana no Cosmos, Arlindo Oliveira, autor de vários livros sobre temas de tecnologia, afirma que é "razoável" esperar que "provavelmente antes do fim do século XXI" existirão sistemas com "comportamentos inteligentes, semelhantes ou mesmo indistinguíveis dos comportamentos dos seres humanos num vasto conjunto de circunstâncias".


Concentrando-se no futuro da espécie para além do planeta Terra, Arlindo Oliveira projeta que "é pouco provável que", no futuro, o corpo humano seja "a única forma de suportar inteligência humana".


Conjeturando para além dos limites da galáxia sobre a expansão da espécie humana no Universo, o autor imagina "soluções alternativas" para contornar problemas como os "muitos séculos" que demoraria qualquer viagem interestelar para encontrar um planeta habitável.


"Computadores, autónomos e inteligentes" poderiam "propagar a civilização humana pela galáxia", em naves em que informação genética permitiria a esses computadores sintetizar embriões humanos para povoar esses mundos desconhecidos.


Se as inteligências artificiais atingirem esse ponto de evolução e sofisticação, "não serão "apenas parceiros na construção da sociedade do futuro, serão, de certa forma, os nossos descendentes, os representantes da natureza humana no futuro e espaço distantes", conclui.


 



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